quarta-feira, 1 de junho de 2011

Reorientação de Aprendizagem: diretoras compartilham experiências


Duas escolas no Centro de Niterói e outras duas de Pendotiba. Apesar de distantes e com realidades diversas, elas compartilham algo em comum: os bons frutos colhidos pelo projeto de Reorientação da Aprendizagem, implantado pela FME desde o ano passado. Além do saldo positivo, compartilham as experiências com a Rede.
Abaixo, nos depoimentos das quatro diretoras gerais dessas unidades, emergem pontos em evidência. Entre eles, o diálogo constante com os pais e a atenção individualizada ao aluno, tendo como conseqüências, a melhora nas notas e o aumento na autoestima dos estudantes.


           “O projeto tem dado certo porque os alunos realmente precisam desse tipo de ação. Eles não contam com auxílio em casa na hora dos exercícios. Difícil mesmo é manter a freqüência. Para isso, vamos constantemente às salas de aula para conscientizar sobre a necessidade do comparecimento. Dizemos sempre que é para o crescimento acadêmico deles. Além disso, é importante também conscientizarmos os pais, que devem ser nossos parceiros. Trabalhamos com eles através de reuniões. Eles devem tomar ciência do projeto, até mesmo porque ele acontece sempre no contraturno. Este ano já promovemos duas reuniões. Aqueles que não comparecem, chamamos pessoalmente. E, ainda, mobilizamos os professores regentes para que também estimulem os alunos porque isso se reverterá em frutos positivos para o próprio trabalho. É imprescindível também motivar os assíduos para que chamem os ausentes relatando a própria experiência satisfatória deles. Só o exemplo da melhora nas notas já pode empolgar os faltosos”.

Foto: Judith Monteiro Muylaert Mello, diretora da E.M. Santos Dumont, entre as professoras de História Otávia Carolina Silva (à esquerda) e Simone Regina de Azevedo


“A iniciativa é válida e está funcionando muito bem em nossa escola. Há alunos, inclusive, que nem foram convocados para o reforço e querem, mesmo assim, participar. Temos também o caso de duas alunas que já foram dispensadas das aulas mas querem continuar fazendo parte do projeto. Com isso, temos até fila de espera! Concluímos que isso tem acontecido porque houve um aumento da autoestima desses jovens. Quando eles percebem o mundo diferente no processo de aprendizagem,  se encantam, acabam permanecendo e querendo aprender ainda mais. As reuniões com os pais também são muito importantes. Outra estratégia essencial é o controle de freqüência. Sempre que ocorrem três faltas consecutivas, ligamos para os pais”.


Foto: Sônia Maria Machado de Oliveira (à direita), diretora da E.M. Honorina de Carvalho, ao lado da professora de Geografia Silméia Vieira Ferreira


"Percebemos que, em comparação ao ano passado, a adesão ao projeto tem acontecido de modo mais fácil porque já há o costume. Estamos tendo um retorno bem positivo dos pais. As mães até pedem pelo reforço escolar. Muitas delas dizem que preferem seus filhos na escola no contraturno em vez deles  ficarem em outros locais com tempo ocioso. Alguns querem até emendar o almoço com o reforço. Isso sem contar com o fato de que eles não têm acompanhamento em casa. Com o reforço, eles aprendem melhor e isso aumenta a autoestima. No último Conselho de Classe que tivemos, já foi constatado o crescimento no rendimento. Quando a ação for articulada com a Educação Integral, a tendência é melhorar ainda mais”.

Foto: Eliane Gordiano, diretora geral da E.M. Levi Carneiro, entre o estagiário Leonardo César de Albuquerque e a professora de História Maria Amélia Pinheiro Gonçalves


"Depois das primeiras avaliações deste ano, já houve melhora nas notas e, por conseqüência, o aumento da frequência. Em nossa escola, destacamos o empenho do professor regente Jearlan, que foi às turmas de origem dos alunos falar sobre a importância do reforço. Um outro atrativo foi a utilização de recursos didáticos diferentes com a Matemática, por exemplo. São usadas ferramentas como material dourado, tangram, entre outras. Isso atrai o aluno que busca novidades e um estímulo para o processo. Uma estratégia importante também é o boca a boca entre os alunos. Aquele que melhora deve ser incentivado a espalhar a boa notícia aos que precisam. Isso, além de empolgar a eles mesmos através dos elogios, também “contagia” os outros.

Foto: Maria Tereza Silveira da Silva, diretora geral da E.M. Alberto Torres, entre o professor de Matemática Jearlan Luz Alves e o estagiário Raphael Falcão de Azevedo