quinta-feira, 2 de junho de 2011

Esclarecimento sobre a matéria publicada no jornal "O Globo Niterói"

A matéria do domingo, dia 29 de maio de 2011, mais uma vez, comete diversos erros elementares de apuração:

1- A escola foi interditada apenas no dia 20 dezembro de 2010 e não nas chuvas de abril. A informação induz o leitor a grave erro (segue o laudo de interdição abaixo);
2- A interdição foi realizada às pressas por risco de desabamento de uma ribanceira que fica atrás da escola e já foi contida e, ainda, de uma pedra que pode deslizar a qualquer momento. Para conter a rocha, é necessário que o Governo do Estado e a Emusa realizem as obras, o que ainda não ocorreu, mas tem previsão de início para o mês de junho;
3- Na região estão vários jovens fortemente armados. Os funcionários da FME foram ameaçados diversas vezes por entrarem com caminhão na favela. Os bandidos dizem temer a ação da polícia em conjunto com o tal veículo. Por conta disso, os trabalhadores da FME retiraram 95% do material da escola, incluindo mobiliário, equipamentos de cozinha, de informática, muitos livros, materiais e utensílios. Até a empresa privada, que estava a trinta dias de concluir a obra de reforma, deixou para trás alguns materiais e produtos. O que mais uma vez comprova a pressa em desocupar o imóvel;
4- A reportagem decidiu não mencionar que a escola está completamente vazia, exceto por aqueles livros que estão amontoados, mas não estão danificados. A maioria deles é de amostras de livros didáticos que as editoras enviam para os professores escolherem dentro do catálogo do MEC – PNLD;
5- Por conta da matéria, enviamos funcionários que, correndo risco de vida, retiraram este material e o transportaram para imóvel do antigo Colégio Daflon, onde são atendidos os alunos da E.M. Padre Leonel Franca;
6- O repórter ingressou na escola interditada pela Defesa Civil e sem autorização da diretora, do Poder Público Municipal ou Estadual. Tal atitude parece uma atividade contrária à legislação em vigor;
7- A matéria induz o leitor a entender que os alunos estão sendo prejudicados. Uma simples visita ao colégio Daflon, que fica a APENAS 1,5 quilômetro do imóvel da E.M. Padre Leonel Franca, é suficiente para ver que os estudantes estão sendo muito melhor atendidos (seguem fotos abaixo);
8- A diretora da escola está surpresa e lamenta as informações contidas na matéria. Na opinião dela, não reflete a realidade da unidade escolar (segue documento abaixo);
9- Quanto aos R$ 22 milhões de “sobra de recursos”, na verdade se trata de ORÇAMENTO e não de financeiro “em conta da Fundação de Educação”. Destes, R$ 11 milhões são verbas carimbadas de recursos federais que, por isso mesmo, têm tramitação muito mais complexa e demorada. Os R$ 175,3 milhões do orçamento de 2009 mais R$ 207,4 milhões de 2010 totalizaram R$ 382,7 milhões, ou seja, APLICAMOS 97% ou 94% - com os valores do repasse federal incluído - o que não pode ser considerado de baixa efetividade em nenhum setor público do Brasil.