terça-feira, 31 de maio de 2011

Niterói de olho na saúde visual dos alunos da Rede Municipal de Educação


De olho na saúde visual dos alunos da Rede, visto que dificuldade de visão é uma das causas do fracasso escolar no Brasil, a Secretaria e a Fundação Municipal de Educação de Niterói (SME/FME) estão a todo vapor com o Projeto ‘Prazer em Ver’ pelo segundo ano consecutivo. Trata-se de uma ação que visa a melhoria no processo de aprendizagem, através de exames oftalmológicos para estudantes. Em 2011 serão atendidos cerca de 6 mil alunos, entre 4 e 6 anos, da educação infantil e os novos do 1º ciclo do ensino fundamental.

O pontapé inicial para este ano letivo foi dado nesta terça-feira, dia 31 de maio, através da entrega dos kits e capacitação de 100 professores, que realizarão o primeiro procedimento de identificação de dificuldade por parte dos alunos nas próprias escolas. Tão logo finalizada esta etapa, as crianças detectadas com alguma doença de visão serão encaminhadas para o atendimento especializado. Após este processo e o diagnóstico realizado pelo profissional, os estudantes receberão os óculos

De acordo com o oftalmologista Rodrigo Pegado, a estatística do Projeto ‘Prazer em Ver’ no último ano letivo diagnosticou que 96% das 283 crianças que receberam os óculos possuíam a doença de grau e apenas 4% as demais complicações da visão. “Geralmente, tanto a criança quanto a família não sabem do problema porque uma das vistas é boa ou o grau é diferente, o que acontece em 80% dos casos. Se tratando disso, uma trabalha pela outra”, alertou Pegado, lembrando que o censo criado a partir dos procedimentos de 2010 foi encaminhado para o congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologista.

Para a coordenadora do Projeto ‘Prazer em Ver’, Deyse Chicre, é necessário que a família também se envolva no processo, visto que problema de acuidade visual é uma das causas de evasão escolar. “Se não percebermos, as crianças acabam carregando uma dificuldade enorme no reconhecimento do mundo. Esta iniciativa é muito significativa e poderá servir de exemplo para outros municípios”, declara Deyse, acrescentando que no último ano, uma das crianças possuía um grau tão alto que sua lente teve que ser especial confeccionada na Alemanha.

Vale lembrar que as avaliações realizadas nos alunos não são apenas simples exames. Após a triagem, todos passam por medida de fundo de olho, pressão ocular, além de outros procedimentos de acordo com a análise de cada profissional e a necessidade de cada estudante. Em 2010, foram atendidas na primeira fase do projeto 8 mil crianças.